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                                                      FLASH

                                  

              Entrevista com o novo presidente da ABWS

 Fonte : www.katanka.com.br       

               

A nova diretoria da ABWS (Associação Brasileira de Windsurf) acabou de tomar posse e estamos te mandando um bate-papo que tivemos com o presidente Teka Lenz :

Teka, você assume a presidência da ABWS com o windsurf no Brasil dando sinais de crescimento. Como você acha que a ABWS pode contribuir para impulsionar mais essa tendência?
TL: Como escrevi na carta de apresentação aos velejadores que está publicada em nosso site www.abws.com.br, estamos realmente vivendo uma grande fase com o windsurf brasileiro, com as conquistas internacionais de nossos atletas.
Temos que consolidar nosso esporte na mídia, dar mais visibilidade, atrair parceiros e realizar eventos de alto nível. Estamos no topo do ranking mundial nas categorias mais importantes e temos que aproveitar esse momento da melhor forma para crescer o esporte no Brasil. Penso na ABWS, não só como uma entidade regulamentadora, mas também como a organização de velejadores mais capaz de fomentar esse crescimento.

Na política “convencional” estamos acostumados a ouvir sobre “planos de governo”. Quais são as suas metas à frente da ABWS?
TL: Fico brincando com os amigos dizendo que tenho metas ousadas para este ano:dirigindo a ABWS vou precisar velejar mais...e mais vezes em Jeri, Búzios, Ibiraquera, etc... [risos]....e quando sair de dentro d'água vai estar tudo funcionando, cheio de patrocinadores para o nosso esporte.... mas metas realizadas não são sonhos que acontecem do nada, temos é que trabalhar....
Mas tenho sim alguns planos que gostaria de ver funcionar e uma dos mais importantes será o de manter a formalidade que a Renata conseguiu implantar com a nova associação, trazendo um maior respeito da classe junto à Federação Brasileira e aos órgãos públicos e oficiais. Quero reforçar e reafirmar isso, que é trabalhoso e às vezes incômodo para algumas pessoas o cumprimento de regras, mas que já tem mostrado muito resultado, como por exemplo, garantindo a participação de atletas do windsurf em vários programas de Bolsa-Atleta, do Governo Federal e dos estados e municípios que também implantaram.
Outra meta é a criação do Ranking Brasileiro de Windsurf, para funcionar e fortalecer todas as categorias em todo o país. Poderemos ter muito mais eventos e ocupar mais espaços na mídia.
Vamos trazer novamente o Mundial de Formula para o Brasil e tentar outros eventos internacionais importantes, já tendo uma sinalização da Formula Experience e da RS:X.

O Brasil é um país continental e o windsurf hoje está presente em praticamente todos os lugares, desde os famosos picos do litoral como Fortaleza, Floripa, Rio e Ilhabela como em rios na Amazônia, lagos no centro-oeste e represas no interior do país. Como você acha que a ABWS pode reunir e unir o maior número possível de velejadores em todo o país?
TL: Temos que retomar e incentivar os estados a terem seus coordenadores estaduais. As flotilhas e associações formam esse elo principal com a ABWS.
Gosto da forma anterior em que o registro do associado revertia metade para seu estado e isso incentivava mais os velejadores fazerem parte. Podemos ter na ABWS muito mais associados do que os 200 e poucos atuais e fazer a informação chegar a todos independente de possuir ou não um numeral. Uma proposta bastante defendida pelo Ivan Floater é a de termos os velejadores registrados com numerais de competição e os cadastrados, que representariam cerca de 5 mil windsurfmaníacos no país, como diz o Dudu Mazzocatto, sempre a procura de informações e fóruns de experiências, como existe nesse site da Katanka, no Windsurfmania, no Upwind do Leo Rebello, entre outros.

O windsurf de competição hoje em dia envolve várias disciplinas (Formula, Wave, Freestyle, RSX...). A descentralização da ABWS em coordenações por disciplina é bastante válida para atender a todos de forma equilibrada. Você já está com a equipe de coordenadores e colaboradores montada?
TL: Estamos assumindo e realizando algumas mudanças no site. Vamos anunciar no começo de março a equipe de Diretores Técnicos das disciplinas e outras diretorias que vamos criar, e logo em seguida convocar eleições para os Coordenadores Estaduais. Muita gente está querendo ajudar e isso é legal porque estão sentindo que o momento é bom para o nosso esporte.

O Brasil não é mais apenas um potencial no wind de competição.Wilhelm, Kauli e outros que ainda estão vindo e vão aparecer fortes lá fora são embaixadores do Brasil no exterior e cumprem esse papel da melhor forma possível, mas aqui dentro do Brasil, o windsurf não tem a exposição que merece. A que você atribui isso e você tem alguma idéia em reverter esse quadro?
TL: O windsurf no Brasil já foi tudo. Teve seu auge na mídia, abertura de novela da Globo, já foi modismo, lançou tendências na moda "surfwear", produziu "musas" e "estrelas", muita festa e não havia atleta algum do nível técnico do Kauli, do Wilhelm ou do Bimba. Vivemos hoje essa inversão, somos os melhores do mundo e a mídia brasileira não sabe.
Em algum momento o windsurf foi carente de profissionalismo e diminuiu, como aconteceu também no mundo inteiro. Mas assim mesmo mesmo se firmou como esporte, tem o status Olímpico e está bem mais organizado mundialmente. Mas temos que ir até a mídia, mostrar nossos atletas e resultados e recuperar nosso espaço. Ter uma assessoria de imprensa nacional é fundamental e vamos tentar viabilizar isto. Estamos no clima de Pan-Americano, momento ideal, e vamos chegar bem forte com nossa equipe, dentro e fora d'água.