VELEJANDO DE VENTO
EM POLPA
Uma embarcação está velejando de vento
em popa quando seu rumo é coincidente com
o sentido do vento, ou seja, faz 180º com
a direção do vento, ou ainda, quando
recebe o vento por trás, vindo pela popa.
Como
fazer?
Para
se velejar neste rumo, deve-se procurar
manter a vela perpendicular ao eixo
longitudinal da prancha, com o mastro um
pouco inclinado para o lado dele, de forma
a equilibrar a mastreação e manter o
rumo.
Apenas na prancha à vela se dá esta
inclinação no mastro durante a empopada,
pois todos os barcos tem o mastro fixo no
casco e não necessitam de tal recurso
para manter a mastreação em equilíbrio.
Na popa, como estamos indo na direção do
vento, pode-se então velejar com o mastro
à bombordo ou à boreste.
Muitos acham que este é o rumo que atinge
a maior velocidade por se estar velejando
exatamente a favor do vento, porém, pelo
menos no nosso caso, as pranchas não
desenvolvem tanto quanto no través, pois
toda a área vélica também está se
deslocando no mesmo sentido, criando um
vento de deslocamento contrário,
diminuindo a velocidade, ao passo que no
través, o bordo de ataque da vela está
cortando o vento com muito menos atrito
enquanto a prancha se desloca.
Além disso, velejar de vento em popa numa
prancha com vento forte é muito difícil,
pois a instabilidade é grande, sem falar
que quase todas as pranchas atuais não
permitem velejar nesta posição devido ao
seu shape (formato) ser desenvolvido
exatamente para andar muito mais rápido
no través.
Desta forma, mesmo em regatas, não é
comum velejarmos diretamente na bóia de
popa, pois se chega mais rápido fazendo
um zigue-zague de través, a menos que o
vento esteja muito fraco ou com ondulação
a favor.
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