GYBE
11.2. GYBEANDO ou VIRANDO EM RODA
Para dar o gybe numa prancha à vela,
devemos inclinar o mastro para frente,
arribando até que a prancha entre na
empopada. Neste momento o velejador deve
cruzar a vela pelo bico da prancha em direção
ao bordo oposto, passando então a velejar
no outro rumo.
Como
fazer?
Para
facilitar, o macete é fazer um giro com
as mãos mantendo a vela sempre cheia. Caçando
bem a retranca com a mão de trás,
traga-a em direção ao ombro, transfira o
peso do seu corpo para esta mão, deixando
a mastreação inclinar-se naturalmente.
Simultaneamente, faça uma boa base na
perna da frente, estique-a e tome um pouco
de distância do mastro pra que a vela não
te arremesse em direção à proa, no caso
de um vento mais forte.
Com isso a prancha irá arribando,
afastando o bico do vento, até que chega
um momento em que ela não tem mais como
continuar este giro, pois está
praticamente de popa e a ponteira traseira
da retranca está apontando pro vento:
este é o momento de começar a inverter
seu movimento inicial, ou seja, liberar a
mão de trás que estava caçando a
retranca até o ombro e começar a caçar
a mão da frente de modo que o mastro
venha a seu encontro, inclinando-o um
pouco para o lado em que está, até que a
vela fique perpendicular ao eixo
longitudinal da prancha.
Lembre-se que seus pés devem acompanhar a
movimentação da vela o tempo todo, de
modo a manter seu corpo sempre de frente
pra ela.
Uma vez em popa, basta jogar a vela para o
outro bordo, cruzando-a pelo bico da
prancha, passando então a velejar no novo
rumo.
Dá-se o gybe quando se está descendo a
favor do vento, toda vez que for trocar de
bordo, até atingir o objetivo desejado.
Repare que, ao contrário da cambada, no
gybe o velejador não precisa dar a volta
pela frente do mastro, pois é a vela que
gira pela proa.
Porém, nos barcos à vela, tanto no gybe
quanto na cambada, a vela sempre cruza o
eixo longitudinal do casco, passando pela
popa, pois não há como girar o mastro de
360º como na prancha.
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