VELEJANDO
NO CONTRA-VENTO (ORSANDO)
Uma embarcação está velejando no
contravento quando seu rumo faz 45º com a
direção do vento.
Como
fazer?
Para
se velejar nesta posição, deve-se
procurar manter a vela o mais perto possível
do eixo longitudinal da prancha, sem que
ela comece a panejar junto à testa e sem
que a prancha perca muita velocidade, não
deixando que entre na zona morta e nem
arribe demais.
A bolina (se tiver) deverá estar toda
submersa e deve-se procurar manter o rumo
da prancha a 45º com a direção do
vento, que é o ângulo limite.
Para melhor orça e desempenho, deve-se
procurar manter a prancha um pouco
inclinada, de modo que o bordo de
sotavento fique mais submerso que o bordo
de barlavento.
A rigor, se estamos velejando num rumo que
faz menos de 90º com a direção do
vento, estamos velejando contra o vento.
Porém, sempre que nos referimos ao
contravento propriamente dito, pensamos no
ângulo limite, na orça máxima.
10.1.1. BORDEJANDO NO CONTRAVENTO
Para
se chegar até um ponto situado contra o
vento, é preciso bordejar, ou seja,
velejar em zigue-zague contra o vento,
para um lado e para o outro, até que se
chegue no ponto desejado. Não há regras
para isso e nem existe um número de
bordejos ideal, porém deve-se velejar no
mínimo uma vez em cada bordo, senão é
impossível atingir tal posição.
Repare também que, como os dois bordos do
contravento fazem 45º com a direção do
vento, considerando a orça máxima, então
um bordo do contravento faz 90º como o
outro, ou seja, um ângulo reto. Desta
forma fica mais fácil de perceber o
momento exato de fazer a cambada para
atingir o ponto desejado: quando o
objetivo a ser alcançado estiver
"nas suas costas", é sinal que
já dá pra cambar e passar a velejar no
bordo oposto, pois o ponto em questão já
estará alinhado com a sua proa, no seu
novo rumo
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